Tulerunt Lapides
"Num fio de voz viajo por universos paralelos à minha consciência.
No turbilhão das dissonâncias, reencontro sorrisos alegremente sentidos,
Outrora vividos e perdidos para realidades esfumadas sem explicação.
Crivo a esperança no despontar da arsis melódica que antevê um lento repousar.
Escorrem-me lágrimas passadas pelo rosto perante a invasão polifónica que me derruba os
alicerces da sobrevivência terrena, trazendo ao pensamento gavetas bem guardadas das emoções.
Repouso em silêncio, numa longa e sustentada nota que espera pela resolução.
A cadência não tarda, e avidamente sinto a paz que me percorre o corpo contagiando a alma julgada perdida.
Na tesis do poema, descansam as memórias."
Joana
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