sábado, 30 de abril de 2011


Tulerunt Lapides


"Num fio de voz viajo por universos paralelos à minha consciência.

No turbilhão das dissonâncias, reencontro sorrisos alegremente sentidos,

Outrora vividos e perdidos para realidades esfumadas sem explicação.

Crivo a esperança no despontar da arsis melódica que antevê um lento repousar.

Escorrem-me lágrimas passadas pelo rosto perante a invasão polifónica que me derruba os

alicerces da sobrevivência terrena, trazendo ao pensamento gavetas bem guardadas das emoções.

Repouso em silêncio, numa longa e sustentada nota que espera pela resolução.

A cadência não tarda, e avidamente sinto a paz que me percorre o corpo contagiando a alma julgada perdida.

Na tesis do poema, descansam as memórias."


Joana